<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8293150\x26blogName\x3dRodrigues\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://rodriguesnanet.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://rodriguesnanet.blogspot.com/\x26vt\x3d7367890857015891609', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Orquídea

Se fosse viva, a minha "avó" Orquídea faria anos hoje.
É só avó do meu irmão, daí as aspas. Mas sempre foi a minha avó Orquídea. E eu sempre fui a sua neta Rosa. A minha avó Orquídea vivia num mundo só dela. Um mundo onde toda a gente, sem excepção, era bem-intencionada e onde tudo era cor-de-rosa. A minha avó vivia de sonhos. "Um dia, hei-de ser isto e aquilo..."; "Um dia, há-de chegar um príncipe..."; "Um dia, hei-de ganhar o totoloto." E ela acreditava e fazia-nos acreditar. A minha avó Orquídea não existia. Nunca conhecerei outra pessoa assim. E estava sempre a sorrir. Só tinha medo da morte e não queria morrer nunca. Tal como eu.

A Orquídea Rosa passou a ser minha avó tinha eu quatro anos, mais coisa, menos coisa. Ela gostava muito de mim. "Somos iguaizinhas", dizia.

Quando ela morreu, em 2001, nunca ninguém soube o quanto eu chorei sozinha e nunca ninguém soube, sequer, que me tinha morrido uma avó. Nem eu nunca disse a ninguém que tinha uma avó.
Eu nunca falo de nada. Sou assim. Nunca vou mudar.

Espero que o céu seja um lugar cor-de-rosa.


Image hosting by Photobucket

Image hosting by Photobucket

Junho de 1996